Quintas-feiras, 9, 16 e 23 de novembro, das 19h às 21h
No Mês da Consciência Negra, três encontros comandados por pesquisadoras negras discutem as relações de Mário de Andrade com a questão racial, a partir da leitura comentada de correspondências e textos do escritor modernista e de Ruth Guimarães.
Será emitido certificado aos participantes com frequência mínima de 75% no grupo de estudos.
A atividade será realizada na plataforma Zoom. Inscrições até 22/11.
Para realizar sua inscrição, clique aqui.
O link e os textos a serem discutidos nos encontros serão enviados aos inscritos por e-mail.
Programa:
09/11 – Correspondências inéditas do africanista Mário de Andrade: Roger Bastide e o intelectual negro Fernando Góes
Com Ligia Fonseca Ferreira e participação de Bianca Gois
Aborda a posição de Mário de Andrade diante dos estudos sobre culturas africanas em sua época, a partir do texto "Um diálogo franco-brasileiro: a correspondência inédita entre Roger Bastide e Mário de Andrade", de Ligia Fonseca Ferreira. E ainda apresenta a pesquisa de Bianca Gois sobre o diálogo epistolar de Mário com o intelectual negro Fernando Góes.
A atividade será realizada por meio da plataforma Zoom. Inscrições até 8/11.
16/11 – O capítulo “Macumba”, de Macunaíma, e a perspectiva marioandradina acerca da religiosidade afro-ameríndia
Com Oluwa Seyi Salles Bento
Encontro dedicado à discussão acerca do capítulo "Macumba", da obra Macunaíma, em especial aspectos religiosos e de representação de divindades, sacerdotes e professantes da fé afro-brasileira. As reflexões apresentadas durante a atividade são parte da dissertação de mestrado da ministrante.
A atividade será realizada por meio da plataforma Zoom. Inscrições até 15/11.
23/11 – Pontos de contato entre Mário de Andrade e Ruth Guimarães
Com Fernanda Miranda
O destaque é a obra da escritora negra Ruth Guimarães (1920-2014), que se correspondeu com Mário de Andrade e, assim como ele, usou a pesquisa folclórica como base para sua produção literária, além da oralidade e da busca pelo sentido profundo do Brasil e do brasileiro. A discussão vai se centrar nos “Mitos iorubanos”, uma das partes do livro Contos Negros, de Ruth Guimarães.
A atividade será realizada por meio da plataforma Zoom. Inscrições até 22/11.
Sobre as palestrantes:
Bianca Gois de Oliveira Goyano é formada em Letras/Licenciatura Português - Francês pela Universidade de São Paulo. Fez iniciação científica sobre a correspondência de Mário de Andrade com o intelectual negro Fernando Góes. Atualmente trabalha como analista pedagógica na instituição Letrus.
Fernanda Miranda é bacharela, mestra e doutora em letras pela Universidade de São Paulo. Sua tese recebeu o Prêmio Capes de Teses e foi publicada sob o título: Silêncios prEscritos: estudo de romances de autoras negras brasileiras (1859-2006). É professora adjunta de Teoria da Literatura na Universidade Federal da Bahia. Compõe o Conselho editorial responsável pela publicação da obra completa de Carolina Maria de Jesus na editora Companhia das Letras. Sua pesquisa de doutoramento foi a primeira do Brasil a analisar a obra de Ruth Guimarães.
Ligia Fonseca Ferreira é professora da Universidade Federal de São Paulo. Doutora em Letras pela Universidade de Paris 3 – Sorbonne, com tese sobre a vida e a obra de Luiz Gama. Realizou pós-doutorado no Instituto de Estudos Brasileiros (IEB-USP), onde é pesquisadora associada, sobre epistolografia de Mário de Andrade. Organizou a edição da obra poética integral Primeiras Trovas Burlescas & outros poemas de Luiz Gama (2000) e a antologia Com a palavra Luiz Gama. Poemas, artigos, cartas, máximas (2011, 2018). Em 2020, lançou Lições de resistência: artigos de Luiz Gama na imprensa de São Paulo e do Rio de Janeiro (Edições SESC). É autora dos ensaios "Mário de Andrade, africanista", na publicação do livro inédito do autor (Aspectos do folclore brasileiro, Global, 2019), e de “Um diálogo franco-brasileiro: a correspondência inédita entre Roger Bastide e Mário de Andrade” (in: Aberto para balanço. Ensaios de revisão crítica do modernismo brasileiro, 2022).
Oluwa Seyi Salles Bento nasceu em São Paulo, na década de 1990. É pesquisadora, professora e poeta. Possui graduação e mestrado em Letras pela Universidade de São Paulo, e atualmente desenvolve pesquisa de doutorado também em Letras, na área de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, pela mesma instituição. Seus interesses de pesquisa são a produção artística de mulheres negras e a representação da experiência afrorreligiosa nas artes. Autora do livro de poesia O que há de autêntico em uma mãe inventada (Ed. Urutau, 2022) e do zine estudo poético do corpo (2021, edição independente). Tem poemas, contos e artigos publicados em revistas e antologias literárias e acadêmicas de diversos estados do país, como Revista Scripta (2022) e Cadernos Negros 44 (Ed. Quilombhoje, 2022). Além da escrita literária, interessa-se em tradução de poesia e escrita para audiovisual, tendo produzido alguns trabalhos nestas áreas entre 2021 e 2022. Atualmente é integrante do Sarau das pretas, coletivo artístico-literário gestado por mulheres negras. Escreve desde que se recorda e não consegue imaginar a si mesma longe do lugar de produtora, apreciadora e crítica de literatura.
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