Sábado, 7 de dezembro, das 10h às 12h e das 14h às 16h

Presencial

O projeto "Prato Cheio de Floresta" traz para o Museu Casa Mário de Andrade um diálogo entre as florestas Amazônica e a Mata Atlântica através da cultura alimentar. A Casa coloca a sua colher nesse caldeirão e tempera o tema com o pensamento de Mário de Andrade e identidade nacional. Nesse encontro dividido em dois momentos, falaremos sobre os percursos da pesquisa, os dois universos alimentares que nutrem o projeto, mostrando alguns dos ingredientes nativos e exóticos que forjaram o que conhecemos como culinárias amazônica e caipira de São Paulo. Finalizaremos cada oficina com uma degustação.

10h às 12h

BANANA: A MUSA

A Banana, considerada por alguns pesquisadores como a primeira cultura da humanidade, uma fruta popular, está presente na alimentação e também nas artes plásticas, literatura e música brasileira. Apesar das suas origens asiáticas, a banana tornou-se um símbolo da tropicalidade latino-americana, e ganhou lugar de destaque na produção de artistas modernistas brasileiros, como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Mário de Andrade, como parte da imagética da nacionalidade. A oficina "Banana: a musa", faz um passeio pela diversidade de cores, sabores e artes inspiradas pela banana, em diálogo com o pensamento e obra de Mário de Andrade.

14h às 16h

MANDIOCA: O ALIMENTO CHEIO DE ENCANTO

Neste encontro, teremos a mandioca como foco central de nossos debates. Partiremos comentando narrativas originárias sobre o alimento, seus modos de fazer na Amazônia e Mata Atlântica,  passearemos por seus produtos e utilização nas culinárias cabocla e caipira com causos, objetos, receitas e degustação ao final.

O Projeto Prato Cheio de Floresta foi selecionado pelo Edital de fomento à Economia Criativa por meio da Lei Paulo Gustavo, através do Ministério da Cultura e da Secretaria da Cultura, Economia e Indústrias Criativas do Estado de São Paulo. A realização é da Ayá Comidas Nativas e da Conversa Verde.

Para realizar sua inscrição, clique aqui.

Serão disponibilizadas 30 vagas. Inscrições até 12/07.

A atividade será realizada presencialmente na Casa Mário de Andrade (R. Lopes Chaves 546, Barra Funda, São Paulo - SP).

Úrsula Ferro, nascida em Belém do Pará, na Amazônia ocidental, mora em São Paulo desde 2016.  Úrsula é jornalista, culinarista, educadora e gestora de projetos. Produz "pontes" entre comunidades indígenas e outros territórios, sobretudo, os urbanos. Trabalha e estuda desde 2018 com os povos Yawanawa e Huni Kuin, do Acre. Tendo com eles elaborado e realizado projetos e eventos. Também é educadora e pesquisadora das culturas alimentares nativas. Autonomia e decolonização são temas centrais no caldeirão dos temas que temperam os debates que propõe e realiza.

Patricia Lio é paraense, de Belém. Atua como educadora, chef e consultora de cardápio vegetal. Publicitária de formação, Especializada em História e Cultura da Gastronomia, e cozinheira desde quando já podia mexer nas panelas. Expressa seu trabalho em defesa dos direitos dos animais e do meio ambiente, em meio às suas raízes amazônicas. Propõe reflexões na cozinha, sobre os impactos alimentares na saúde como um todo, incluindo a natureza, da qual não estamos separados. De 7 anos pra cá, a alimentação entrou na vida como um propósito consciente de trabalho, saúde, afeto, e trocas sustentáveis.

Arthur Major é graduado em História pela Universidade de São Paulo (USP) e mestrando em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa pela mesma instituição, com pesquisa focada em relações étnico-raciais, gênero e sexualidade na obra de Mário de Andrade. Trabalha na Casa Mário de Andrade desde 2019, atualmente é pesquisador do Centro de Referência, Pesquisa e Preservação (CRPP) do museu.

Foto: Diana Freixo